Não
é fácil fazer um spin-off. Entre as
séries, tivemos centenas de exemplos de derivados que deram errado, apesar das
originais terem sido grandes sucessos.
A original (The Good Wife)
A
CBS tem grande parte de sua programação voltada a séries policiais e sitcoms,
então The Good Wife era o toque de
elegância e luxo da emissora. Uma história intrigante, com personagens
femininas incrivelmente fortes e independentes e um fundo político social envolvente.
Desde
que o fim da série foi anunciado, os fãs começaram a especular sobre o que
viria depois. Nas 2 últimas temporadas, a série passou por algumas
turbulências, com brigas entre o elenco e a ausência dos King, os criadores,
que engajaram-se em uma nova série (Braindead).
Acontece
que a CBS não queria perder um grande sucesso e, então, tendo que soltar as
amarras de Alicia Florrick (Julianna Margulies), protagonista de Good Wife,
recorreu a um produto derivado.
The Good Fight
Indo contra as estatísticas, The Good Fight, estrelada por Christine
Baranski (The Good Wife e The Big Bang Theory), Cush Jumbo (The Good Wife e Lip
Service) e Rose Leslie (Downton Abbey e Game of Thrones), já estreou como
sucesso.
As
escolhas foram bem interessantes, uma vez que Diane (Christine) e Lucca (Cush)
foram personagens que acompanharam de perto a história de Alicia Florrick, na
série original, mas, de algum modo, não foram as mais afetadas. Juntando-se a
elas, temos Maia Rindell (Rose), que é uma advogada recém formada e insegura,
que vai se destacando a cada episódio.
No
primeiro episódio, somos apresentados aos novos personagens e reapresentados
aos antigos e já entramos na história nova: Diane está anunciando a sua breve
aposentadoria, quando se vê no meio de um escândalo econômico, provocado, supostamente,
pela pai de Maia. Com isso, Diane – que, também, perdeu dinheiro – adia sua
aposentadoria, renuncia (para não dizer que ela é quase expulsa) a sua empresa
e, levando Maia, entra em um novo escritório de advocacia. Escritório em que
Lucca trabalha.
A
semelhança com The Good Wife é muito forte: Maia está entrando em um escritório
novo, sob a sombra de um escândalo, sendo julgada por toda a mídia e pelas
pessoas e com um sobrenome fortíssimo.
Apesar
desse ponto comum, The Good Fight entra com 3 linhas de roteiro muito interessantes:
Diane, que tinha tudo, se encontra perdida, fora da empresa que ela criou, um
divórcio iminente e a dificuldade em recomeçar; Lucca, que era tratada como
sombra de Alicia Florrick, tenta se desvencilhar desse estigma; Maia, apesar de
ter o mundo contra ela, tenta se provar a si mesma – e aos outros – que é muito
mais do que sua família. Para seguir esses pontos, a série retrata alguns temas
muito presentes na nossa sociedade: preconceito racial (Lucca), julgamento por
idade (Diane) e orientação sexual (Maia).
A temporada terá
apenas 10 episódios de 45 minutos e teve sua estreia no dia 19 de fevereiro de
2017, nos EUA.
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