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Crítica: Making a Murderer


Se eu não soubesse que Making a Murderer é uma série documental, teria pensado que caí em algum episódio perdido de Law & Order, sem todos os objection que são gritados no meio de um tribunal, mas, infelizmente – sim, infelizmente – a série é bem real.

A história é boa? Sim. Você sente empatia pelo personagem? Sim. É uma das melhores séries documentais? Talvez.

Making a Murderer é mais uma das séries originais da Netflix e estreou no dia 15/12/2015, para contar a história de Steven Avery, que em 1985, foi acusado de estupro e agressão, passou 18 anos na prisão, até que, por meio de um teste de DNA, descobriram que ele não era culpado. Mais do que um erro policial, Steven vê na polícia de Manitowoc (sua cidade) uma conspiração para que ele fosse incriminado e decide processar o Estado por milhões.

Veja o trailer da série:


As autoridades não foram nada justas com Avery neste caso: erros absurdos, informações tendenciosas e um senso de ética inteiramente controverso rondavam a investigação.

Como se isso não bastasse na vida de Steven Avery, pouco depois dele ser libertado e começar a remontar a sua vida (Steve perdeu a esposa e os filhos enquanto estava preso), ele foi acusado pelo assassinato da fotógrafa Teresa Halbach, quando restos mortais da mulher foram encontrados na propriedade dos Avery.

A partir daí, temos o desenrolar da série, que tem longos episódios e alguns que parecem um pouco desnecessários. Entrevistas com familiares, gravações de interrogatórios, do departamento do xerife, de julgamentos. De cara percebemos que a série é extremamente detalhista e, por essa ser mais uma característica de Making a Murderer, ela, por vezes, torna-se repetitiva. Fica claro que Moira Demos e Laura Ricciardi, que assumiram a direção, não fizeram a mínima questão de compactar a história.

Imagem retirada da Internet.
Promocional para a série.
Acusado como cúmplice de assassinato está o sobrinho de Steven, Brendan, que, além de ser um adolescente de 16 anos, tem um QI baixo e dificuldade de desenvolvimento. Tudo isso caiu como um pote de ouro no colo de um Estado que já não estava para muitos agrados com a família Avery.

Steven Avery, preso pela segunda vez, no tribunal.
Foto retirada da Internet. Uso promocional.

A questão é que Steven Avery jura até hoje não ter cometido o assassinato e assistindo à produção, você realmente fica em dúvida se ele é um criminoso ou não. A série prende por ser real, trazer fotos, justificativas, vídeos, áudios, tudo para mostrar ao telespectador que o que está acontecendo ali não foi um simples erro de DNA ou uma pegada, foi uma falha conjunta da polícia e do Supremo Tribunal.


O promotor Ken Kratz alega que fatos importantes foram deixados de fora da série, o que seria uma forma de, inconscientemente, inocentar Avery e demonizar o Estado de Wisconsin, mas o fato é que há chance de Avery ser inocente e essa é uma dúvida que você vai levar depois de ter visto os 10 episódios.

Assista ao primeiro episódio de Making a Murderer:

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