Foram dois bons episódios, quase, beirando o ótimo, mas
vamos falar aos poucos.
Em Got to be real,
vimos que, apesar de Cristina ter partido há algum tempo, ela deixou várias
marcas pelo caminho, sendo que a pior delas, sem dúvida, é Owen. Owen que
chegou do nada e mudou todo o rumo de Cristina, que o salvou de uma vida
sombria, abandonada e sem graça, Owen que fazia Yang repensar todas as
prioridades, Owen que, querendo ou não, estava ao lado de Cristina para todos
os momentos. Owen que, agora, é uma das cicatrizes que Cristina Yang deixou no
Grey Sloan.
Isso tudo resultou, na verdade, em uma nova equipe que,
talvez, não teríamos imaginado: Torres e Hunt (podemos ter imaginado quando
assistimos ao episódio da realidade paralela, em que os dois eram casados,
mas...era uma realidade paralela) e, depois, adicionamos Avery. Grande parte dessa
parceria foi por causa dos soldados que Callie tentará salvar com sua nova
invenção.
Grey’s é aquela
coisa cheia de dramas pessoas e profissionais, entrelaçamentos que nos fazem
voltar e falar “não, peraí...tem alguma
coisa errada com isso, com aquilo, blablabla” e, sem querer, quando
percebemos, já pensamos que somos parte da vida de Meredith, Arizona, Callie,
Alex, Bailey, de todas as personagens e não foi diferente nesses dois
episódios. Enquanto tivemos o foco em Owen e um pouco no irmãos Sheperd, no 4º
episódio desse ano, no 5º episódio, falamos, basicamente de Grey, Elli Grey.
Voltamos ao passado dos Grey não é algo muito raro, já
fizemos isso algumas vezes, mas, agora, fizemos isso com um pouquinho mais de
intensidade, com uma história nova e um ponto de vista diferente. Antes, víamos
Ellis como uma pessoa fria, completamente focada em sua vida profissional e
despreocupada com sua vida pessoal. Dessa vez, vimos Ellis como uma pessoa mais
sensível, mais humana.
Descobrimos os pontos fracos da majestade da
medicina de Seattle e como ela reagiu com tudo: a tentativa de suicídio, a
gravidez não planejada (e, de certa forma, indesejada), o primeiro Harper
Avery, a criação do método Grey, a dificuldade de ser Ellis Grey.
Sem dúvida, o caso mostrado em only mama knows acordou as lembranças de Meredith: uma mãe que
parece desleixada, que deixa sua filha desenvolver um tumor de quase 4 quilos,
simplesmente some, enquanto, na verdade, ela estava ali o tempo todo, apenas,
desejando que sua filha tenha o melhor, consiga o melhor e seja melhor no que
desejar ser.
Pierce e Meredith são irmãs, gostando ou não, querendo ou
não, admirando ou não Ellis Grey, elas são irmãs. Ponto! Isso tinha que acabar
uma hora, essa disputa irracional, a negação. E,felizmente, acabou, para,
assim, fecharmos um arco que já estava tornando-se repetitivo.
Falando em arcos repetitivos, essa cosia do Derek ficar
querendo ser o “salvador do pátria”, também, já estava fora dos limites,
desnecessariamente colocado, apenas, para frisar o nada. Os, talvez,
sacrifícios do casamento.
No meio de tudo isso, ainda temos tempo de comemorarmos a
vitoria de Bailey, que, agora, está no Conselho, vencendo Alex Karev, apesar
dos dados apontarem o contrário. Também,
tivemos tempo de sofrermos um pouquinho com Callie, que, mais uma vez, está
abrindo mão de algo que queria tanto para que Arizona (e ela) saiam um pouco
beneficiadas.
Eu sempre digo que Grey’s Anatomy está bem longe do que costumava ser e isso inclui
todas as histórias e parênteses que são abertos, e isso é verdade. Tenho um
pouco de esperança na série e, talvez, fechando esses arcos que tornavam-se
irritantes, Grey’s possa chegar a
ponta do dedo do pé do que era antes.
0 comentários:
Postar um comentário